25 de dezembro de 2008

Luzinha de Natal

Do cimo do farol, aquela noite parecia a mais escura do todo o ano. Não que a fosse realmente, a escuridão brotava do seu interior e enegrecia tudo ao seu redor. Até a luz cintilante e intermitente do farol se apagava ao passar por ele.

Ao longe, o oceano permanecia admiravelmente agitado. Ondas descomunais atiravam-se ao céu cristalino, tentando desesperadamente agarrar uma nesga, um brilhozinho de luz das estrelas. A própria lua, no calendário cheia, estava magra como um cabo de uma vassoura.

No meio daquela escuridão, uma luz surgiu no horizonte. Um luz que bordava a pós de estrelas a estrada do farol. Uma luz que encandeava os curvas e contracurvas do sinuoso caminho que conduzia ao farol. Nesse momento sentiu uma luz acender-se dentro si, uma luz quente e doce que queimava a solidão que o preenchia.


Após intermináveis minutos um carro estacionou em frente ao farol. Repentinamente o mar acalmou, a lua abriu os seus olhos luminosos e as estrelas desceram até à superfície do mar. Do interior da viatura saiu um anjo luminoso, que olhando para ele no cimo do farol, gritou:

- Feliz Natal Faroleiro!

Agora sim aquele seria um Natal Feliz.

Esta é minha Luzinha para todos os amigos do Farol, com votos de um feliz natal e desejos de muita alegria para o novo ano.


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