O Final, ou Talvez Não...
Quando todos pensavam que o caso terminara por ali, uma estação da concorrência, abre o seu noticiário de prime time, com a indicação que tinham sido descobertas no arquivo do Ministério os milhares de cartas enviadas pela população da vila.
- Afinal as cartas da população da vila foram recebidas e estão arquivadas no ministério conforme nos foi confirmado por uma fonte anónima, como é possível verificar por estas imagens que nos foram cedidas - relatava a jornalista.
- Aparentemente foram dadas instruções para a destruição das cartas, mas como não foram cumpridas as formalidades burocráticas a sua destruição nunca ocorreu.
O Sr. José, funcionário dos arquivos de vários ministérios desde... desde há anos suficiente para obedecer cegamente à regras burocráticas, tinha decidido não destruir as cartas uma vez que não lhe foram entregues os formulários modelos 10.071, 12.658d e 1.369, com as assinaturas e carimbos necessários. Conhecedor das consequências dos seus actos naquelas condições decidiu arquivar em silêncio toda a correspondência da vila. Era a luz da salvação.
Confrontado com a situação, o ministro desfez-se em explicações e reafirma que nunca dissera que as cartas não tinham sido recebidas pelo Ministério, mas sim, que ele nunca as tinha visto pessoalmente.
O Primeiro-ministro, continua a afirmar que não vê razões para retirar a confiança ao Ministro, afinal era verdade que ele nunca tinha viso pessoalmente as cartas e além disso ainda corria o processo de averiguações.
Entretanto o Faroleiro recebe um ofício assinado pelo Ministro, anulando a decisão anterior, assegurando a sua permanência do Farol da Vila.
Teve vontade de Subir a correr a longa escadaria do farol, abrir a porta e saiu para o varandim e gritar, gritar com toda a força o nome da sua Sereia e como a Amava. Seria o sinal de que a luz do amor tinha vencido mais uma batalha de uma guerra interminável, mas não o fez.
Apesar desta batalha estar ganha, ainda tinham um mar, um oceano vasto de problemas que deveriam sulcar, mas agora sabia que o velejariam juntos e isso confortava-o.
Sem dúvida aquela era uma boa notícia e uma nova luz de esperança e confiança abrilhantava agora aquele amor.
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