A História Que Nunca o Foi
“Sentado no presente, que já é passado, recordava o passado longínquo e sonhava, sonhava com o futuro, um futuro que nunca teria.”
Este poderia ser o princípio de uma longa história, mas não o será, porque o futuro morreu na tristeza do olhar.
Um olhar que não abria janelas à imaginação. Um olhar que transbordava segurança. Ali tudo era certeza, tudo era real, tão real que até tristeza se podia sentir, tocar e saborear, no gosto salgado das lágrimas que lhe corria pela alma.
Na alma sim! Pois no rosto o mesmo sorriso de sempre. Aquele sorriso que cativa ao primeiro olhar, que apaga a tristeza dos olhos do mundo cruel.
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