12 de julho de 2004

Renascer

Pareciam duas crianças. Era assim que se sentiam, quando em conjunto tentavam descobrir o mundo. Não, não é esse que estão imaginar, pois esse, parece que, já foi há muito descoberto.

O mundo que eles desvendavam era um mundo diferente, nem era propriamente a descoberta de um novo mundo, talvez fosse mais a redescoberta de uma Atlântida que ambos pensavam há muito perdida.

As suas vidas tinham sido muito, muito diferentes, experiências aparentemente desiguais, mas tão próximas que lhes permitia sentir cada "ai" e cada "ui" que não diziam. E assim passavam os seus dias, envolvidos em pequenas brincadeiras, carregadas de emoções e de pequenas, por vezes ínfimas, mas sempre belas descobertas que os ia aproximando mais, mais, e mais e mais. Tão perigosamente mais que corriam o perigo de se fundir.

O pior momento era quando, no final do dia, chegavam os seus pais e os levavam cada um para sua casa.

Feridos pelo desejo de permanecerem eternamente naquele porto seguro que os isolava das tempestades morriam um pouco cada noite, para renascer na manhã seguinte, com a luz do dia.


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