24 de agosto de 2004

Olhar a Luz do Farol

Algo que ponderei com muita calma e paciência estas férias foi a volta aqui, ao farol. Sim, estou a pensar apagar definitivamente a luz deste farol. Como disse na "primeira luzinha", já lá vão mais de dois meses, este seria um farol que acenderia por paixão e não por obrigação. É verdade que ao longo destes meses o farol acendeu quase diariamente, prova disso é a conta das lâmpadas e da electricidade consumida para o acender mais de 100 vezes.

Neste momento alguns de vocês perguntam-se se acabou a paixão. Com sinceridade vos digo que não, tenho aqui escritos (não no verso de talões de hipermercado, Maré) uma boa dezena de textos para publicar e outros virão, simplesmente tenho dúvidas sobre muita coisa.

De qualquer modo tinha de voltar para cumprir umas promessas e deixar umas luzinhas a algumas pessoas que me acompanharam desde o nascimento para esta nova experiência de juntar letrinhas, criar sonhos, distribuir sorrisos e avivar emoções nesta coisa dos blogs, antes de tomar uma decisão final. Pois é verdade que nunca me esqueço das promessas. Por vezes posso guarda-las num recanto mais esquecido da minha memória, mas numa viagem ou noutra acabo sempre por passar por lá e cumprir.

Vou começar pelas que fiz. À maré, que sempre me deixou comentários, que me tocaram e que cada vez que os lia em voz alta me parecia ouvir uma bela sinfonia, pela sua intensidade e harmonia, prometi usar as belíssimas imagens de faróis de gentilmente me enviou, prometi e vou cumprir Maré.

À Lady Marian, prometi um texto sobre o amor platónico, prometi e cumprirei Miss Robina.

A Minha amiga sonhadora Catarina prometeu-me uma continuação para a história das Marcas, prometeu e aguardo que cumpra, pois já tenho a continuação prontinha.

Vamos agora aos agradecimentos. São muitos e provavelmente vou esquecer-me de alguns, e para esses, para aqueles que involuntariamente esquecerei, mas que por isso não deixam de ser igualmente importantes, vão os meus primeiros agradecimentos, gerais, como não podia deixar de ser.

Para outras pessoas, aquelas que voluntariamente não esqueci, vou agradecer uma a uma. O primeiro agradecimento vai para a Catarina, pois foi a primeira pessoa a estender a mão para dar as boas-vindas ao farol numdiadestes assim 100nada, não esqueci a quem desejo muitas alegrias e felicidades pessoais. Também ao TheOldMan, pelo incentivo que me deixou nos comentários aos primeiros textos publicados.

O segundo vai para a Duende, por muitos motivos, dos quais quero destacar dois, o primeiro foi um comentário a um texto em que utilizei a letra de uma canção de Pedro Abrunhosa, e o segundo foi uma demonstração pública do seu agrado pelo labor solitário no farol. Muito obrigado Duende (eu sei que não era para agradecer, mas eu sou assim, quando as coisas me tocam tenho de dizer que me tocaram e a única forma que conheço é agradecer)!

Tenho ainda aqui anotado um agradecimento para a Mar e a Sininho, que me acompanham desde há longa data, a Mar desde mesmo o início e sempre ali estiveram a acender luzinhas.

Para a Maré (independentemente do seu estado: cheia ou vazia) tenho que deixar um grande, muito grande “Jinho” (na sua linguagem), por todas as luzinhas que me foi deixando de uma intensidade e resplendor ímpares e pelo significado do conteúdo. Também pelo incentivo relativamente à história do faroleiro e paciência para ler religiosamente todos os episódios, alguns bastante longos que fui publicando. (Maré ainda tentei escrever um capítulo, curtinho nas costas de um talão de hipermercado, mas não deu, sorry...).

Por fim, para a Catarina (a outra, a que pertence ao proletariado da fábrica de sonhos), queria esclarecer antes de continuar, que a ordem não reflecte qualquer escala de importância, és a última porque também foste a última pessoa que li e que me passou a ler regularmente.

O que te Queria dizer é que gosto muito do que escreves, alguns dos textos poderiam até ter sido escritos por mim, bastava para tal ter um talento como o teu. Talvez um dia, com muito, muito, muito, muito, muitíssimo treino, quem sabe se me consigo aproximar um pouco. Registei com muito entusiasmo, o "quem me dera ter-te aqui" no post-it, sorri com alegria quando o li.

Para terminar dizer-vos que isto não é uma despedida, pelo menos por agora, estou apenas a ponderar essa hipótese, mas queria desde já deixar os agradecimentos feitos, para a eventualidade...

Não quero que pensem que vos estou a "engraxar", pois como já disse, não me preocupo muito com sucesso, número de comentários, visitas, etc. etc.. Se me importasse teria criado um blog com outro estilo e cariz, mas não foi essa a opção, o farol é o que é e como já disse o farol sou EU, mas descobri que as luzinhas que vocês me acendiam dia após dia tinham um sabor extremamente doce, que não consigo esquecer.

E não esqueço, igualmente, que por trás desses textos estão pessoas, pessoas que vivem, se emocionam, pessoas que se alegram e se entristecem como eu, é por isso que a lista de portos seguros tem aquele aspecto estranho, em que não existe nome de blogs, mas a forma como vos vejo, como pessoas. É claro que podeis não ser ou não acreditar que sois nada assim (Não é OldMan?), mas não me interessa, é assim que vos imagino e este blog é meu e aqui faço o quero (Tenho ou não tenho razão Catarina?)

No caso de decidir manter o farol em funcionamento, nada deste diálogo (sim, digo diálogo, porque imagino muitos de vocês a comentar este texto, que mais não seja no vosso pensamento e apesar de não vos ouvir consigo sentir esse diálogo) é "perdido", considerem que apenas se fez um ponto de situação, no qual decidi agradecer os momentos de alegria com que me presentearam ao longo destes dois meses.

Para todos uma luzinha de boa sorte.


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