22 de março de 2005

A Primeira Luz

Não há luz como a primeira, bem me dizia um amigo. Parei um pouco para pensar naquela afirmação. Aquela parecia uma verdade absoluta. Acabamos sempre a dizer que não há amor como o primeiro, a primeira paixão, a primeira namorada, o primeiro amigo, o primeiro dia de escola, o primeiro emprego, o primeiro filho, o primeiro chocolate, a primeira dor de dentes, a primeira saída, a primeira vitória, o primeiro beijo, o primeiro..., o primeiro..., o primeiro..., sempre o primeiro.

A questão que me coloco neste momento não é saber porque a primeira experiência nos marca mais que as outras, isso pode facilmente ser explicado pelo efeitos novidade.

Gostaria era de lançar uma luzinha sobre aquela experiência gratificante, sabem de qual estou a falar, da última, da mais recente. É que essa também merece ser recordada. Na verdade recordamos tantos “primeiros” e tantas vezes esquecemos tantos “últimos”, esquecemos quem está próximo, quem nos acaricia, quem nos beija todos os dias, quem nos Ama.

Façam um esforço e procurem recordar um momento recente em que se sentiram bem, sentiram que eram especiais, em que estiveram verdadeiramente alegres, em que a vida vos sorriu. Fechem os olhos e tentem voltar a esse momento e gravem-no com força na vossa memória para que, amanhã, o possam saborear como se fosse o primeiro.

Ainda hoje recordo a primeira luzinha em 06/07/2004, mas não é por isso que deixo de me surpreender e encantar todos os dias.

Procuro antes que cada luzinha que tenho a maravilhosa oportunidade de ver seja um testemunho de novidade e um marco de felicidade.

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