17 de setembro de 2004

O Dilema

Eu sei que disse que me ia embora, nunca disse que nunca voltaria, foi apenas um até logo, um tempo para reflectir. É verdade que todos os dias, invariavelmente, passo por cá, para ver as luzinhas a brilhar, ou só mesmo para matar saudades.

Não é a primeira vez que ameaço ir embora, e talvez não seja mesmo a última (atenção que isto não é o que parece) e não quero também que pensem que ando a fazer bluff só para chamar a atenção, assim do tipo da criança que só faz travessuras para que os pais notem que ela existe.

Não é nada disso, a verdade é que apesar de aquilo que escrevo ser por gosto, por vezes não é fácil manter o ritmo, pois somos absorvidos por outros assuntos e esse é o verdadeiro problema, se por lado o meu estilo não é o post do tipo "yabadabadu" nem o recorte de notícias da imprensa, a escrita dos textos que normalmente publico exigem alguma concentração e introspecção, um olhar atento sobre o mundo que nos rodeia, ou que gostávamos que nos rodeasse. Esse é o espaço que por vezes falta para continuar.

Eu sei que ninguém é obrigado a colocar post’s todos os dias, até porque um blog devia ser para nós, mas após algum tempo, quer se admita ou não, acabamos de alguma forma reféns das "luzinhas", o que implica que, mesmo ao escrever para nós sabemos que A, B ou C está à espera para ler algo e isto torna-se uma espécie de obrigação, que foi precisamente o que sempre tentei evitar, como dizia no primeiro post "por paixão, não por obrigação".

E este é o verdadeiro enigma, descobrir o equilíbrio entre a escrita e a vida, pois tenho compromissos importantes com datas marcadas e disso não posso fugir, pelo que terei que alterar algumas coisas aqui no farol, a começar pela periodicidade dos posts.

Veremos o que conseguirei fazer e se não conseguir, sempre me resta uma solução: Adeus.

Perceberam o meu dilema?


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