3 de novembro de 2004

A Partida da Luz

Uma luz que se apaga lentamente.
Uma luz que anoitece docemente, envolvendo em escuridão os olhos que eram a vida de outra vida.
Uma luz que se vai lentamente e eu a vê-la ir, sem forças para a agarrar.
Uma luz que se despede na gare da estação, que acena.
Uma Luz que parte num comboio com rumo definido, para mim desconhecido.
Uma luz que partiu e me deixou cego.
Uma luz que não volta, uma despedida definitiva.
Uma luz que espera, até que um dia eu me deixe abraçar pela escuridão e vá ter com ela.



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