16 de julho de 2004

A Despedida

Não se sentia bem. Algo o incomodava. Já tinha ido do quarto para a sala, da sala para a cozinha e depois de uma breve passagem pela casa de banho, estava de volta ao quarto. Por fim decidiu ir até ao vasto terraço daquele 3º andar, com uma vista deslumbrante sobre a praia.
 
Saiu por uma porta, que numa das paredes laterais dava acesso aquele espaço admirável. A noite estava extraordinariamente húmida, um nevoeiro muito denso cobria a praia naquela noite. Da luz do farol, ao longe, apenas uma reminiscência. Na rua, a luz amarelada dos candeeiros salpicava de cor as minúsculas gotas de água que esvoaçavam sem direcção definida.
 
Inspirou por momentos aquela humidade da noite e por fim levou dois dedos aos lábios. Depositou neles um beijo, que delicadamente, mas com vigor soprou em direcção ao mar.
 
Rodou e avançou em direcção à porta entreaberta...
 
...as suas férias terminavam ali.



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