25 de setembro de 2004

O Abrigo

No teu seio me abrigo
Me escondo,
Ele me conforta
Me agasalha
Me alimenta.
Uma existência modesta
Numa noite fria
Em que só tu
Solidão
Me acolhes no teu seio
Me abraças
Me beijas
Me amas
E não me desterras
Para um mundo cheio de gente
Que me olha
Me mira
Me observa
Me analisa
Me escalpeliza
Me classifica por fim,
Mal
Pois não me conhecem.
Ai solidão
Teu seio é fortaleza, reduto, castelo, farol
Baluarte de tantas vidas,
Tantas fantasias, sonhos e utopias
Ai solidão
Abriga no teu seio de mulher
A chama de uma paixão
Que não quero deixar morrer
A paixão de amar e viver.


0 Comentários:

Enviar um comentário

<< Home

]]>